18 maio 2023

ECCO`LET PERSEGUE DIRIGENTE SINDICAL - Solidariedade para com a Susana Bastos

 Para trabalhadores, sindicalistas e cidadãos,


Estamos aqui para chamar a atenção para uma situação de profunda injustiça que ocorreu recentemente na ECCO, uma multinacional dinamarquesa do setor de calçado. A empresa anunciou um despedimento coletivo, afetando 42 trabalhadoras da unidade de Santa Maria da Feira, uma ação que acreditamos ter sido estrategicamente organizada para despedir a nossa colega, delegada e dirigente sindical, Susana Bastos.


A Susana Bastos é uma defensora incansável dos direitos dos trabalhadores na ECCO. Ela tem sido a voz e o rosto de muitos trabalhadores, desafiando as práticas abusivas e alegações de assédio moral. A Susana Bastos esteve na linha de frente, denunciando ativamente estas práticas na empresa.


A Susana Bastos não apenas denunciou estes comportamentos, como também acredita que a estratégia da ECCO foi concebida especificamente para enfraquecer os delegados sindicais e representantes dos trabalhadores. Esta é uma atitude que fragiliza os direitos sindicais e é um ataque à liberdade da organização dos trabalhadores em defesa dos seus direitos.


Acreditamos que o despedimento coletivo de 42 trabalhadoras foi uma manobra para ocultar a real intenção da empresa: silenciar a Susana Bastos e enfraquecer a atividade sindical na ECCO. Estas 42 mulheres, incluindo a Susana Bastos, foram vítimas de uma injustiça. A Susana Bastos, em particular, abdicou de uma indemnização de 1,4 meses por cada ano de trabalho, em prol dos seus valores morais, dignidade, respeito e defesa intransigente dos direitos dos trabalhadores.


Portanto, apelamos a todos os trabalhadores, cidadãos e especialmente a todos os trabalhadores sindicalizados, para se juntarem a nós na sexta-feira, dia 19 de Maio, com início às 13h30, em frente às instalações da ECCO em São João de Ver. Esta é a hora de mostrar a nossa força, o nosso poder e defender os direitos sindicais.


Estamos solidários com a Susana Bastos e com todas as trabalhadoras injustamente despedidas. O nosso lema é claro: Não há volta a dar, a Susana vai voltar!


Esta é uma luta de todos nós. Unidos somos mais fortes e juntos vamos lutar por justiça e por um ambiente de trabalho seguro e respeitoso para todos.


Não faltem! A vossa presença é fundamental. A união faz a força!


#eccolet #eccoletportugal



14 maio 2023

Posição sobre O CERCO do Chega à sede do Partido Socialista

O CHAMADO “CERCO” DO CHEGA À SEDE DO PS É UMA ACÇÃO FASCISTA
COMBATÊ-LA FIRMEMENTE É O DEVER DOS DEMOCRATAS!

E não sobrou ninguém

Primeiro levaram os comunistas

mas não me importei com isso

eu não era comunista;

 

em seguida levaram os sociais-democratas

mas não me importei com isso

eu também não era social-democrata;

 

depois levaram os judeus

mas como eu não era judeu

não me importei com isso;

 

depois levaram os sindicalistas

mas não me importei com isso

porque eu não era sindicalista;

 

depois levaram os católicos

mas como não era católico

também não me importei;

 

agora estão a levar-me

mas já é tarde

não há ninguém para

se importar com isso.

 

Martin Niemöller (1892–1984)

Pastor luterano que passou 7 anos em campos de concentração.

 

A Sociedade portuguesa foi ontem surpreendida pela informação de que o CHEGA ia proceder a um “cerco” à sede nacional do Partido Socialista, no Largo do Rato, em Lisboa.

Esta acção do partido da extrema-direita é claramente antidemocrática – desde a designação utilizada até à intenção publica de atacar as instalações de um partido democrata, tudo expressa politicamente a ideologia e as práticas do fascismo!

Há dias atrás, no Porto, uma manifestação dita da sociedade civil para protestar contra a situação política, tentou entrar numa iniciativa do PS no Pavilhão Rosa Mota, ou para impedir a sua realização ou a transformar numa arruaça.

Em poucos dias assistimos a duas acções de índole verdadeiramente antidemocrata – afirmamos mesmo, fascista!

A Democracia possibilita que cidadãos livremente protestem, denunciem e combatam as políticas efectivadas pelo governo – é normal tal suceder e somente nas ditaduras se proíbe esta prática democrática.

“Cercar” sedes ou atacar actividades partidárias (ou sindicais ou de organizações sociais) não é uma prática democrática – são acções fascistas!

Combater firme e publicamente estas acções é o dever dos democratas – o seu silêncio perante este tipo de acções é ensurdecedor e objectivamente alimenta o fascismo!

DEMOCRACIA SEMPRE - FASCISMO NUNCA MAIS! 

O Secretariado Nacional da CSS da CGTP-IN

Lisboa, 14 de Maio de 2023

Assembleia da República, sede da democracia