12 dezembro 2013

POSIÇÃO DA CORRENTE SINDICAL SOCIALISTA DA CGTP-IN SOBRE O AUMENTO DO SALÁRIO MÍNIMO NACIONAL

A Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN:

1) Tendo presente as dificuldades que centenas de milhares de trabalhadores e trabalhadoras tem no seu dia a dia em função dos baixos salários, nomeadamente, aqueles e aquelas que ganham o salário mínimo nacional (SMN);

2) Conscientes que todos e todas os que recebem o SMN auferem um rendimento abaixo de um nível considerado digno;

3) Preocupados pelo facto de haver largas centenas de milhares de trabalhadores, que trabalhando, são pobres;

4) Sendo certo que o SMN não é aumentado desde 2011 e que é um meio de combate à pobreza;

5) Tendo a noção que há um certo consenso na sociedade da necessidade de aumentar o SMN, nomeadamente, no cumprimento do acordo da concertação social que estabelecia os 500,00 € em 2011;

6) Finalmente, a valorização do SMN, para além de representar o necessário aumento do salário e consequente combate à pobreza, estimula também a própria economia através do consumo de bens e serviços de primeira necessidade.

Reivindica o seguinte:

1) Estabelecer o salário mínimo nacional (SMN) a 1 de Janeiro de 2014 em 500,00 € (aumento 15 € por mês).

2) Que a 1 de Julho de 2014 aumente para 515,00 € (um novo aumento de 15 € mensais).

3) Que a 1 Janeiro de 2015 o SMN seja estabelecido em 550,00 € (um aumento de 35 € mensais).

A presente posição visa contribuir para desbloquear a discussão em torno do aumento do salário mínimo nacional, essencial para aumentar o rendimento das famílias.

22 novembro 2013

Conferência Internacional: "Centro e Periferia no Projecto Europeu - Das promessas e desilusões à construção de um novo caminho"

Começaram os trabalhos da Conferência Internacional: "Centro e Periferia no Projecto Europeu - Das promessas e desilusões à construção de um novo caminho", organizada no âmbito do Curso de Outono da Escola Sindical do Instituto Ruben Rolo.

A sessão de abertura é moderada por Fátima Carvalho e conta com as intervenções de Reinhard Naumann e Carlos Trindade.

A Conferência conta com o apoio da Fundação Friedrich Ebert.

Curso de Outono da Escola Sindical do Instituto Ruben Rolo

Lisboa, 23 de Novembro de 2013
Hotel Zurique (Sala Apollo), Rua Ivone Silva 18 (Metro “Entrecampos” ou “Campo Pequeno”)

09h30   Abertura
Carlos Trindade (IRR, Lisboa)
Reinhard Naumann (Fundação Friedrich Ebert, Lisboa)
09h40   O papel da CGTP-IN na sociedade actual e as posições dos sindicalistas socialistas
Francisco Madelino (ISCTE, Lisboa)
Fernando Gomes (IRR, Lisboa)
10h20   Debate em Grupos de Trabalho
Moderadores: Carlos João Tomás, Juan Carvalho, Fernando Jorge
11h20   Apresentação das sínteses em plenário
Moderadora: Vivalda Silva (STAD, Lisboa)
11h50   Resposta dos oradores e debate
12h20   Breve síntese da sessão da manhã
12h40   Almoço
14h00   Elementos para a história da CGTP-IN e dos sindicalistas socialistas
Reinhard Naumann (Fundação Friedrich Ebert, Lisboa)
Carlos Trindade (IRR, Lisboa)
14h40   Debate em Grupos de Trabalho
Moderadores: Carlos João Tomás, Juan Carvalho, Fernando Jorge
15h40   Apresentação das sínteses em plenário
Filomena Ventura (SPGL, Lisboa)
16h10   Resposta dos oradores e debate
16h40   Breve síntese da sessão da tarde

17h00   Conclusões e Encerramento
Fernando Gomes (Instituto Ruben Rolo, Lisboa)
Reinhard Naumann (Fundação Friedrich Ebert, Lisboa)

21 novembro 2013

Conferência Internacional: Centro e Periferia no Projecto Europeu - Das promessas e desilusões à construção de um novo caminho

Lisboa, 22 de Novembro de 2013
Hotel Zurique (Sala Apollo), Rua Ivone Silva 18 (Metro “Entrecampos” ou “Campo Pequeno”)
Programa provisório
17.45h   Recepção e inscrição dos participantes

18.00h   Abertura e apresentação do programa
                   Carlos Trindade (Instituto Ruben Rolo, Lisboa)
                   Reinhard Naumann (Fundação Friedrich Ebert, Lisboa)

18.15h   Integração Europeia e a relação entre centro e periferias
                   Heribert Kohl (Jornalista, Erkrath-Alemanha)

18h45    Europa, transição democrática no sul e o papel do movimento sindical
                   Juan Moreno (Comité Económico e Social, Bruxelas)
                   Florival Lança (antigo Secretário Internacional da CGTP-IN, Lisboa)

19.30h       Debate
                   Moderadora: Maria Fátima Carvalho (Sindicato dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios e Vestuário do Centro)

20.45h   Encerramento
                   Fernando Gomes (Instituto Ruben Rolo, Lisboa)


A Conferência decorrerá em português e alemão. Haverá tradução simultânea.
A entrada é livre.

Inscrições: 21 357 33 75, Fax 21 357 34 22, e-mail: info@feslisbon.org

19 novembro 2013

António José Seguro na Conferência da Tendência Sindical Socialista

António José Seguro no encerramento da Conferência da Tendência Sindical Socialista, constituída pela Tendência Sindical Socialista da UGT e pela Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN. Conferência sobre o orçamento de estado para 2014, que é inimigo do emprego e do estado social.

Francisco Madelino, Glória Rebelo, Pedro Marques e Sandro Mendonça analisam orçamento de estado para 2014

Francisco Madelino, Glória Rebelo, Pedro Marques e Sandro Mendonça analisam orçamento de estado para 2014 na Conferência da Tendência Sindical Socialista do PS. Um orçamento de estado que todos consideram ser contra o emprego e contra o estado social.

Francisco Madelino, Glória Rebelo, Pedro Marques e Sandro Mendonça analisam orçamento de estado para 2014

Francisco Madelino, Glória Rebelo, Pedro Marques e Sandro Mendonça analisam orçamento de estado para 2014 na Conferência da Tendência Sindical Socialista do PS. Um orçamento de estado que todos consideram ser contra o emprego e contra o estado social.

CONFERÊNCIA DA TENDÊNCIA SINDICAL SOCIALISTA DO PS

Já começou a Conferência da Tendência Sindical do PS, constituída pela Tendência Sindical Socialista da UGT e pela Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN.

O Orçamento de Estado para 2014 como inimigo do emprego e do estado social é o tema central desta Conferência. 

A sessão de abertura conta com as intervenções de Carlos Trindade, Secretário Geral da CSS da CGTP-IN, Carlos Silva, Secretário Geral da TSS da UGT, Marcos Perestrelo Presidente da FAUL do PS e Miguel Laranjeiro Secretário Nacional para a organização do Partido Socialista. 

14 novembro 2013

CONFERÊNCIA DA TENDÊNCIA SINDICAL SOCIALISTA DO PS

TENDÊNCIA SINDICAL SOCIALISTA DO PS, composta pela Tendência Sindical Socialista da UGT e pela Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN, organizam no próximo dia 19 de Novembro, entre as 14 e 19 horas, no Hotel Altis (Perto Marquês Pombal) em Lisboa, uma Conferência subordinada ao tema:

ORÇAMENTO DE ESTADO 2014

15 outubro 2013

Edite Estrela, Ana Gomes e Correia Campos recebem sindicalistas

A delegação da Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN que está em Bruxelas a participar na semana de estudo organizada pela Fundação Friedrich Ebert foi hoje recebida pelos deputados do Partido Socialista no Parlamento Europeu, Edite Estrela, Ana Gomes e Correia Campos.

Na ocasião tivemos oportunidade de saber quais os grandes temas que dominam as discussões dos deputados europeus e as suas consequências para Portugal e estabelecer canais para informação tanto dos Sindicatos Portugueses para os deputados europeus como dos temas em debate no PE que sejam do interesse para a actividade que desenvolvemos enquanto sindicalistas.

Delegação Portugueses em seminário da organização SOLIDAR

A delegação sindicalistas Portugueses da CGTP-IN, socialistas e independentes, participou hoje pela manhã num seminário da organização SOLIDAR, que tem como objectivos promover a justiça social na europa e no mundo.

No seminário, cujo tema foi o trabalho decente e o emprego de qualidade para os jovens, ouvimos as experiências de três jovens sindicalistas que nos deram a conhecer os problemas dos jovens trabalhadores e o trabalho que desenvolvem no esclarecimento dos seus direitos na Irlanda, Dinamarca e Itália.

SOLIDAR
Advancing Social Justice In Europe and Worldwide

14 outubro 2013

European Federation of Public Services Unions (EPSU) recebe sindicalistas Portugueses em Bruxelas

A Federação Sindical Europeia dos Serviços Públicos (European Federation of Public Services Unions-EPSU) recebeu hoje em Bruxelas uma delegação de sindicalistas Portugueses, socialistas e independentes, que este ano participam na semana de estudo às instituições europeias organizada pela Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN com o patrocínio da Fundação Friedrich Ebert.

Semana estudo em Bruxelas com Fundação Friedrich Ebert

Tem hoje inicio a semana estudo, que decorrerá até 17 de Outubro, organizada pela Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN e patrocinada pela Fundação Friedrich Ebert.

A primeira sessão de trabalho está a decorrer na sede da Fundação Friedrich Ebert e contou com a presença do Director do Escritório da FES - Friedrich Ebert Stiftung Brussels, Uwe Optenhogel e Johanna Lutz, que nos fez uma breve apresentação sobre a estrutura e forma de decisão das Instituições da União Europeia.

04 setembro 2013

COMO É POSSÍVEL AINDA NÃO ESTAR INDIGNADO?

Com tanta maldade que este governo tem feito ao país, às famílias e aos trabalhadores, o que nos falta para nos indignarmos, para ficarmos incomodados?


07 agosto 2013

ESPERANÇA NO FUTURO

Este tempo em que vivemos e esta gente que nos governa rouba-nos o que é mais importante em qualquer indivíduo e em qualquer comunidade: a esperança no futuro! Em ciência política designa-se por “gestão de expectativas” a acção politica que articula o ambiente social e o estado de espírito dos indivíduos com a vivência no presente e a projecção do futuro. Por outras palavras: as dificuldades que temos que superar agora para chegarmos onde desejamos depois.

Porém, no tempo actual, esta gente que nos governa, que não tem princípios nem ética, submergida em negócios ilícitos, tem o á vontade de nos dizer que o nosso presente é mau mas que o futuro vai ser ainda pior!

Uma gente que, além de fazer negociatas, mente e encobre o que fez e que faz, que não tem qualquer sentido de Estado e ainda nos diz que a responsabilidade disto suceder é nossa, descarregando em cima da generalidade do Povo as suas próprias responsabilidades, forma de não pagar pelas suas malfeitorias.

Este é, aparentemente, um tempo sem esperança! E é nestes tempos que as grandes convulsões demagógicas se realizam – para serem pagas com juros elevados alguns anos depois!

Vejamos o que se passa agora mesmo, nos dias que correm, debaixo dos nossos olhos. O Governo do PSD/CDS acaba de apresentar uma proposta de roubar direitos sociais, concretamente, baixar reformas em percentagens que podem chegar a 10% do valor da reforma. Simultaneamente, somos informados das mentiras da ministra das finanças no Parlamento acerca das suas responsabilidades no caso dos swaps e das responsabilidades do secretário de Estado Pais Jorge, acerca da sua tentativa de os vender ao então Governo do PS, em 2005 e, agora, da sua tentativa de se ilibar de responsabilidades (porque este produto financeiro demonstrou toda a sua toxidade).

O caso do secretário de Estado é surpreendente e só pode ser comparado à metáfora de colocar a raposa a guardar a capoeira! Quem garante ao Povo que este senhor, que já mentiu descaradamente duas vezes, não tenta aproveitar-se do seu cargo para que o banco para o qual trabalha, o Citybank, não venha a vender ao Estado qualquer outro produto tóxico, que ele compra devido ao Poder em que está investido? Mesmo que o não faça – e não temos a certeza que não o fará porque ele demonstra não ter idoneidade! - a sua nomeação para secretário de Estado é paradigmática da composição, da ética que possui e da rede de interesses que o Governo da Direita representa e em que está enrolado!

Por onde pegar neste governo? Vale a pena falar no ministro dos Negócios Estrangeiros Rui Manchete e nas suas negociatas com o BPN?

O que fere profundamente cada cidadão é que são estes mesmos indivíduos, que estão totalmente salpicados de porcaria e que não têm uma pinga de moral, se arrogam o direito a tentar roubar-nos a esperança do futuro! Este é um governo que promove e realiza a injustiça, favorecendo a classe dominante e a acumulação da riqueza, empobrecendo, para isso, as classes populares.

Mas não só - procura fazer todos os possíveis para roubar a esperança no futuro! Para o Governo da Direita não basta que o presente e o futuro seja negro – o fundamental é criar a ideia e inculcá-la nas massas populares que esse é o único futuro possível! Esta é a forma de, no presente, salvaguardar o seu próprio futuro radioso – que seja eliminada, nos indivíduos e na comunidade, a esperança no futuro!

Neste momento, a responsabilidade politica desta situação é conhecida: o Presidente da Republica! Esta personagem, ela mesmo envolvida no BPN de forma nunca deslindada, deixou e deixa que este ambiente político tenha sido criado sem tomar nenhuma medida moralizadora nem influenciando moralmente a governação e a cidadania! Esta personalidade não se deixa surpreender ou compadecer por razões éticas e morais – ele prossegue uma ideologia e realiza uma estratégia e os casos de imoralidade e falta de ética são meros pequenos acidentes de percurso acessórios que não podem impedir a realização do projecto político que está em desenvolvimento.

Claro que é a Direita política e social que governa Portugal, a Direita neoliberal e conservadora – é a ela que deverão ser assacadas as responsabilidades em cada momento e em cada situação, hoje e no futuro!

Não pode haver hesitações nem contemplações – oitocentos anos de História de Portugal e o sofrimento do Povo exigem esta posição!

Por isto, o Partido Socialista fez muito bem em não pactuar com as acções envolventes e responsabilizantes pretendidas pelo PR e Passos Coelho/Paulo Portas e não pode deixar de exigir ao governo PSD/CDS as responsabilidades que possui e de apresentar alternativas exequíveis e credíveis! Só desta forma o PS se constituirá como a reserva de esperança dos portugueses e no qual estes se reverão nos momentos da escolha democrática. Só assim, o Povo e Portugal continuarão a ter esperança no futuro!

Lisboa, 07 de Agosto de 2013

Carlos Trindade
Secretário-Geral da Corrente Sindical Socialista
da CGTP-IN

01 agosto 2013

A DIIREITA CONTINUA A ATACAR

 1. A reforma fiscal do Governo da Direita está em marcha!
Coerente com a sua ideologia, o Governo de Passos Coelho e de Paulo Portas está a organizar uma reforma fiscal para o Capital e contra a classe trabalhadora e restantes classes populares, o Estado Social e o desenvolvimento e recuperação económica. Digamos que o Governo do PSD/CDS não está a fazer “a” reforma fiscal; está a fazer a “sua” reforma fiscal!

A reforma da Direita é a do IRC, só. Esta é aquela que a comissão presidida por Lobo Xavier apresentou e que se resume na redução do pagamento de impostos das grandes empresas. Inclusive, aumenta, em certas condições, 50% do PEC – pagamento especial por conta, dos actuais 1000.00€ para 1500.00€, imposto este pago pelas micro, pequenas e médias empresas. Quer dizer, para que o grande Capital acumule ainda mais riqueza, até os micro, pequenos e médios empresários têm que contribuir com a redução dos seus rendimentos!


2. A reforma fiscal que importa fazer em Portugal é uma outra, politicamente global.

Em primeiro lugar, uma reforma que se destine a um país que está integrado na UE e pertence à zona euro, ou seja, que não pratique o dumping fiscal. A concorrência fiscal entre países com a mesma moeda é uma corrida para o abismo a médio prazo e que vai correr inexoravelmente a coesão económica e social em cada país.

O posicionamento de princípio de quem defende o projecto europeu deverá ser a da importância e urgência de uma política fiscal da zona euro.

Esta é uma reivindicação essencial de quem defende a harmonização no progresso e a coesão económica e social! Não é possível manter uma situação em que um país em dificuldades, como Portugal, sofre a concorrência fiscal de um outro para os quais se deslocam, ao abrigo da Livre Circulação de Capitais, as grandes empresas do PSI 20, como é o caso da Jerónimo Martins e do Banco Espírito Santo. Estas empresas, entre muitas outras, “refugiaram-se” respectivamente na Holanda e no Luxemburgo com um único objectivo e interesse: não pagarem impostos em Portugal e pagarem os impostos nesses países. Porquê? Porque cá pagam mais e lá pagam menos impostos!

Neste quadro, reivindicar-se no Conselho Europeu e nas instâncias comunitárias a reforma fiscal europeia é fundamental. Se todos os países da Zona euro continuarem a concorrer entre si para baixarem os impostos com o argumento que essa é a forma de captar IDE, Investimento Directo Estrangeiro, tal corrida vai levar a que os impostos, meio fundamental para suportar o Estado Social, baixem drasticamente, o que o vai colocar em causa a médio prazo, com a dimensão que actualmente possui!

Em segundo lugar, Portugal necessita de baixar os impostos, sim, mas do IRS, do IVA e do IMI. Estes são os impostos que a generalidade dos cidadãos paga. Os cidadãos, não pagando os elevados níveis de impostos que actualmente pagam, também por esta via adquirem poder de compra, que é uma das condições de estimular o mercado interno, elemento essencial para a recuperação da economia. Recordamos que a maioria do nosso tecido económico está vocacionado para este mercado.

Em terceiro lugar, o IRC poderá baixar, ou não, podendo ter que se manter ou mesmo aumentar, conforme os reflexos que a redução dos impostos anteriores e o imposto sobre as grandes fortunas, que deverá ser fortemente agravado, produzir nas contas públicas. O fundamental é que as receitas arrecadadas pelo Estado não poderão baixar!

Em quarto lugar, o combate à evasão e à fraude fiscal deverá ser impulsionado, seja com a atribuição de novos recursos humanos, tecnológicos e materiais às respectivas entidades inspectivas e as sanções legais aos infractores deverão agravadas.


3. Esta é “a” reforma fiscal que Portugal necessita. Por isto, o combate a esta pretensa reforma e pela reforma fiscal necessária é mais um dos que temos que travar.

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais foi categórico quando questionado na última reunião da Concertação Social, face à solução que o Governo tinha perante a quebra previsível, segundo o próprio estudo da “Comissão Lobo Xavier”, de cerca de 1200 milhões de euros em 2018: tem-se que se baixar as despesas públicas. Quer dizer, redução do Estado Social (menos educação, saúde e segurança social) e cortes na Administração Publica (mais despedimentos)! É isto que nos espera – se a Direita levar esta política avante!

Este é um exemplo paradigmático das consequências da feroz concorrência fiscal entre países. Ou, por outras palavras, do continuo abaixamento dos impostos do Capital. Acresce que a “nacionalização” do sistema fiscal numa zona monetária com moeda única subverte o seu funcionamento e, a prazo, tem efeitos perversos na sua própria existência. Numa união económica e monetária, existe, só com uma politica fiscal comum europeia pode obviar a este processo!


4. Mas o PSD/CDS tem uma ambição: tornar a sua reforma fiscal perene, ou seja, que se mantenha mesmo depois de perder as eleições e deixar o Poder e o PS as vença. Para isso vai fazer todos os (im)possíveis para envolver o PS nesta operação.

Foi também para isto que o Presidente da Republica reconduziu o Governo em vez de o demitir e convocar eleições, como se impunha! É também para isto que o Presidente da Republica elogiou melifluamente o esforço de diálogo com todos os partidos, tentando tecer uma teia de compromissos que amarre futuramente o PS. Porém, estamos firmemente convictos que tal manobra do Presidente da Republica e da Direita será frustrada!


5. Abordemos também esta questão numa perspectiva ideológica e politica.

O PS, que sempre defendeu o projecto europeu e a coesão económica e social e a Justiça Social, certamente que vai continuar a fazê-lo também neste momento – e o projecto europeu, comandado pela Direita neoliberal e conservadora, não evolui, antes pelo contrário, com politicas desta natureza, enfraquece-se e pode ser colocado em causa. Por isto, a defesa pelo PS de uma linha politica que defenda o projecto europeu e a coesão económica e social, é coerente com o seu passado e com o seu posicionamento político.

Para o PSD, esta questão é extremamente relevante porque a proposta de redução de IRC e de aumento, em certas condições do PEC, vai ferir a sua base social de apoio, que se encontra em grande parte nesta categoria de cidadãos. Como também possui influência nos trabalhadores por conta de outrem, esta posição significa que vai chocar frontalmente com os interesses directos da sua própria base social de apoio. Mas esta posição demonstra, mais uma vez, que se rendeu completamente ao neoliberalismo porque, agora também na “questão fiscal”, recusa uma perspectiva europeísta e aposta numa perspectiva “nacionalista”, quer dizer, de concorrência entre estados-membros, de realização de dumping fiscal efectivo. Esta é a posição neoliberal.

O PCP certamente vai combater esta proposta mas vai recusar, porque sempre foi visceralmente contra o processo de construção europeia, ter uma proposta global, o que reforça a “nacionalização” do processo, mas torna totalmente ineficaz, do ponto de vista político, a sua posição já que não existem, no actual quadro, soluções nacionais.

O BE tem uma oportunidade de ouro para afirmar uma visão europeísta de esquerda – apresentando uma proposta de, simultaneamente, combate ao dumping fiscal e de reforço do projecto europeu com uma visão de esquerda descomprometida com objectivos de governação, ou seja, mais radical nas medidas de reforma fiscal a efectivar.

O CDS, “pai” desta reforma fiscal, é coerente – é o representante do grande Capital e de uma visão “nacional” e pouco europeísta da política. Esta é, de facto, “a” sua reforma!
Neste contexto, é o Partido Socialista que tem todo o espaço e a grande responsabilidade, sem contradições internas, entes pelo contrário, coerentemente com as suas tradições e princípios, de defender as posições políticas necessárias para defender o projecto europeu e proteger os interesses da grande maioria dos cidadãos de todas as classes.


6. Neste quadro, os sindicalistas socialistas da CGTP-IN têm pela frente mais um importante combate – mas é um combate que vale a pena porque é por valores e por um projecto que desde sempre os galvaniza: uma Sociedade Democrática, desenvolvida, solidária e de Justiça Social inserida numa União Europeia de paz e com elevados níveis de coesão económica, social e regional!

Lisboa, 01 de Agosto de 2013

Carlos Trindade
Secretário-Geral da Corrente Sindical Socialista
da CGTP-IN

16 julho 2013

COMPROMISSO SALVAÇÃO NACIONAL


Em prol da transparência, do combate à especulação no espaço público e por respeito aos portugueses, o PS presta contas, neste espaço, dos principais desenvolvimentos do processo de diálogo com vista ao estabelecimento de um compromisso de salvação nacional.

Dia 10 de Julho, 20:30 horas
O Presidente da República faz uma declaração ao país, para transmitir a sua decisão de não convocar eleições antecipadas e recordar que "o atual governo se encontra na plenitude das suas funções".
Nessa mesma declaração, o Presidente da República apresentou "o seu entendimento sobre a solução que melhor serve o interesse nacional" que passaria pelo estabelecimento de "um compromisso de salvação nacional assente em três pilares fundamentais":

“Primeiro, o acordo terá de estabelecer o calendário mais adequado para a realização de eleições antecipadas. A abertura do processo conducente à realização de eleições deve coincidir com o final do Programa de Assistência Financeira, em junho do próximo ano.
Em segundo lugar, o compromisso de salvação nacional deve envolver os três partidos que subscreveram o Memorando de Entendimento, garantindo o apoio à tomada das medidas necessárias para que Portugal possa regressar aos mercados logo no início de 2014 e para que se complete com sucesso o Programa de Ajustamento a que nos comprometemos perante os nossos credores.

A posição negocial de Portugal sairia reforçada, evitando novos e mais duros sacrifícios aos Portugueses. Em terceiro lugar, deverá tratar-se de um acordo de médio prazo, que assegure, desde já, que o Governo que resulte das próximas eleições poderá contar com um compromisso entre os três partidos que assegure a governabilidade do País, a sustentabilidade da dívida pública, o controlo das contas externas, a melhoria da competitividade da nossa economia e a criação de emprego.”

Perto das 22:00 horas
Em reação à comunicação do Presidente da República, o PS, através do dirigente nacionalAlberto Martins, torna pública a seguinte posição:
“O PS discorda politicamente da decisão do Senhor Presidente da República ao não convocar eleições para Setembro. Mas respeitamos a decisão no plano institucional, como respeitamos as decisões de todos os órgãos de soberania.

O PS reafirma que não apoiará, nem fará parte de nenhum Governo sem que os Portugueses manifestem democraticamente a sua vontade, através da realização de eleições.

Perante a grave situação económica e social que o País vive, o PS continuará a apresentar propostas e soluções para resolver os problemas dos portugueses, de modo a que o nosso País saia desta gravíssima situação o mais rápido possível.
O PS escutou atentamente a declaração do Senhor Presidente da República e, tal como lhe compete, aguardará as iniciativas do Senhor Presidente da República. Na opinião do PS, esse diálogo não deve excluir nenhum partido político com representação parlamentar. É nestes termos, e reafirmando todas as nossas posições, designadamente de censura às políticas deste Governo, que o PS não rejeita, como nunca rejeitou, nenhum diálogo, em particular quando está em jogo o interesse nacional e o futuro dos portugueses. “.

Dia 11 de Julho, 15:00 horas
O Presidente da República reúne-se, no Palácio de Belém, com o Secretário-Geral do PS para análise da proposta de compromisso de salvação nacional.

Às 19:30 horas
O Secretário Geral reúne o Secretariado Nacional do PS para dar conta da reunião tida com o Presidente da República. No final da reunião, o Secretariado Nacional torna público o seguinte comunicado:
“Na sequência da reunião ocorrida hoje entre o Presidente da República e o Secretário-geral do PS, o Secretariado Nacional reitera a disponibilidade do Partido Socialista para iniciar o processo de diálogo, com o objetivo de encontrar as soluções que melhor sirvam o interesse nacional e o futuro dos portugueses. Este processo de diálogo deve integrar todas as forças políticas com representação parlamentar e incidir em políticas que promovam o crescimento económico, o emprego e o reforço da posição de Portugal na União Europeia. A grave crise económica, social e política que o país enfrenta exige de todos os responsáveis políticos essa disponibilidade para encontrar soluções. É essa responsabilidade que mais uma vez o PS assume, em total coerência com os seus valores e com as suas posições públicas. O PS reafirma que exclui deste processo qualquer possibilidade de apoio, e muito menos integração em qualquer solução governativa que resulte do atual quadro parlamentar. “

Nesse mesmo dia, o Secretário Geral do PS cancela toda a sua atividade pública de sexta feira e de sábado, com exceção da participação no debate do Estado da Nação.

Dia 12 de Julho, 09:30 horas
O Secretário Geral do PS participa no debate do Estado da Nação onde torna claro, entre outras, que:
O PS aceita um diálogo entre partidos políticos e não entre Governo e PS;
Os termos do processo de diálogo são os três pilares definidos pelo Presidente da República e não outros, nem apenas parte daqueles três pilares.

13:30 horas
O Secretário Geral reúne-se com o grupo parlamentar do PS na Assembleia da República para comunicar o ponto de situação e escutar contributos para o processo de diálogo. No final da reunião não houve lugar a declarações.

Durante este dia o PS reiterou a sua posição de o PCP e o BE serem convidados a participarem no processo e empenhou-se na sua concretização através da realização de diversos contactos. Se o objetivo é o de elaborar um compromisso de salvação nacional, não faz qualquer sentido excluir os restantes partidos com assento parlamentar. Esta é a posição do PS.

Apesar de o PSD e o CDS já o terem feito, o PS não comunicou até esta data o seu representante no processo de diálogo, pelo facto de discordar de não terem sido dirigidos convites ao PCP e ao BE para participarem.

Dia 13 de Julho
O PS insistia, pelo terceiro dia consecutivo, na necessidade de todos os partidos com representação parlamentar serem convidados a participar no processo de diálogo.

O Secretário Geral do PS não abriu mão da sua posição. Essa insistência durou toda a manhã e toda a tarde, até que foram conhecidas as posições públicas de auto-exclusão do processo de diálogo por parte dos líderes do PCP e do BE.

22:50 horas
O Secretário Geral do PS transmitiu ao Presidente da República a disponibilidade imediata do PS para iniciar o processo de diálogo com vista ao compromisso de salvação nacional, assente nos três pilares propostos.

Indica o Dr. Alberto Martins para chefiar a delegação do PS.

Expressa a disponibilidade do PS para reunir a partir das 16:00 horas de dia 14 de Julho, com todos os partidos políticos que concordem com os três pilares propostos pelo Presidente da República, incluindo a realização de eleições antecipadas em Junho de 2014.

Reitera a defesa de que todos os partidos políticos com representação parlamentar deveriam ser convidados a participar.

Nota: A indicação do representante do PS só foi transmitida ao Presidente da República, depois de conhecidas as declarações públicas de Jerónimo de Sousa e de João Semedo de auto-exclusão dos seus respetivos partidos do processo de diálogo.

Dia 14 de Julho, 12:00 horas
Até este momento não houve contactos informais entre os três partidos políticos, ao contrário do que garantiam, durante o dia de ontem, vários órgãos de comunicação social.

NOVO RUMO PARA PORTUGAL