Dizem-nos que não há alternativa. Que a austeridade é perpétua.
Que é preciso empobrecer. Que a desigualdade é natural.
Que é preciso comer e calar. Que quem não quiser, vá embora.
Que é proibido assustar os mercados.
Que se suspenda o futuro, a cidadania e, se preciso for,
a democracia.
40 anos depois do 25 de Abril,
este é o discurso de um poder determinado em proceder ao ajuste de contas com esse
«dia inicial inteiro e limpo» de que nos fala Sophia.
40 anos depois, é preciso
«incendiar de astros e canções as pedras do mar,
o mundo e os corações», como no canto do poeta José Gomes Ferreira.
Erguer a voz. Sempre e sempre resistir. Não desistir.
Juntar forças, soltar amarras, construir pontes.
E assim erguer as alternativas
que cumpram a estrada da democracia que Abril abriu.
JANTAR
cantina velha da cidade universitária
quarta-feira, 30 abril 2014, 19h30
INTERVENÇÕES
MÁRIO SIMÕES TELES militar de Abril
SOFIA ROQUE investigadora/bolseira
EDUARDO PAZ FERREIRA professor universitário
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