20 janeiro 2025

Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN reúne com Sindicato dos Jornalistas

A Corrente Sindical Socialista da CGT-IN foi hoje recebida pelo Presidente da Direcção do Sindicato dos Jornalistas, Luís Simões.

Na reunião fizemos uma abordagem sobre os desafios que se colocam aos trabalhadores e às suas organizações representativas, o papel dos Sindicatos e da CGTP-IN. A necessidade de trabalharmos, todos e todas, na defesa do trabalho e do sindicalismo.

A delegação da CSS da CGTP-IN foi composta por Fernando Gomes, Secretário-Geral, e Fernando Jorge Fernandes, membro do Secretariado da Corrente.

13 janeiro 2025

CONFERÊNCIAS DA FEDERAÇÃO DE BRAGA DO PARTIDO SOCIALISTA

O Secretário-Geral da Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN (CSS da CGTP-IN), Fernando Gomes, participou no passado sábado, 11 de Janeiro de 2025, nas Conferências organizadas pela Federação de Braga do Partido Socialista, no caso concreto sobre as transformações e ameaças ao trabalho digno.

Na ocasião, o representante da CSS da CGTP-IN teve oportunidade de abordar as questões dos desafios que se colocam ao mundo do trabalho, apontou caminhos para o movimento sindical afecto à CGTP-IN e lançou desafios à participação dos militantes e simpatizantes do PS na vida dos Sindicatos. Lançou também temas sobre o que pensa ser essencial para voltar a ganhar a confiança dos trabalhadores e trabalhadoras e as áreas essenciais para o desenvolvimento de políticas públicas, nomeadamente sobre a proteção do Estado Social.
Na mesma conferência participou ainda o histórico dirigente da CSS da CGTP-IN, antigo membro do Conselho Nacional da CGTP-IN, Carlos Amado, e que actualmente é membro do Conselho Nacional de Coordenação da Corrente. Carlos Amado apresentou recentemente, no Congresso da Federação do PS uma moção sectorial que nesta iniciativa teve oportunidade de divulgar.
© 2025 Francisco Ferreira

12 janeiro 2025

150 ANOS DE ESPERANÇA - FUNDAÇÃO DO PARTIDO SOCIALISTA PORTUGUÊS A 10 DE JANEIRO DE 1875

A revista Portugal Socialista e a Tendência Sindical Socialista (CSS da CGTP-IN e TSS da UGT) organizaram no dia 10 de Janeiro de 2025, na sede do Partido Socialista, uma iniciativa "150 anos de esperança" que comemorou os exactos 150 anos da fundação do Partido Socialista Português, fundado em 1875.

Francisco Castro Rego e o fundador do PS José Neves abordaram a criação e evolução do socialismo ao longo dos anos.

Fernando Gomes (CSS da CGTP-IN) e José Abraão (TSS da UGT) falaram sobre socialismo, sindicalismo, democracia e progresso social.

Na ocasião, o Secretário-Geral da CSS da CGTP-IN, Fernando Gomes, fez um paralelo sobre a situação social em 1875 e a de hoje, onde a acumulação de riqueza, a pobreza e a exploração são traços comuns passados 150 anos.

A Iniciativa foi moderada por Miguel Cabrita e Porfírio Silva.

© 2025 Ivan Caldeira

09 janeiro 2025

A crise intemporal da Justiça (Jornal Ação Socialista n.º 1635 de 09.01.2025)

Autor: Fernando Jorge Fernandes

Quando abordamos as diversas questões da área da Justiça, desde logo surgem os diversos “especialistas” a fazer os diagnósticos e a apresentar as terapêuticas que na sua douta sabedoria são sempre as mais adequadas.

Bem podemos dizer que a Justiça está na ordem do dia, pelo menos nos últimos 20 anos.

As televisões, as rádios e a imprensa escrita praticamente todos os dias ocupam espaços informativos e de debate sobre a justiça.

O que é certamente positivo. Deixaram de ser apenas os profissionais da área a pronunciarem-se sobre as questões da justiça. O cidadão passou a ter maior interesse e consciência sobre as questões relacionadas com a justiça, o que se saúda!

Todavia, sempre que se fala de justiça, falamos de crise!

E sobre a crise da justiça há sempre uma forte tendência para culpar os agentes judiciários: ou são os juízes que são demasiado brandos ou então muito duros; ou os Procuradores do Ministério Público, porque investigam ou não investigam, acusam ou arquivam, ou os advogados porque recorrem demais e, claro neste leque de “culpados” incluem-se também os oficiais de justiça.

Há ainda os que, de forma simplista e salomónica consideram que a culpa é de todos.

O que desde logo implica que a responsabilidade não é de ninguém!

Sejamos claros: o funcionamento do sistema de justiça, particularmente dos tribunais é sem dúvida deficiente e provoca muitos entraves na desejável celeridade e qualidade de funcionamento do mesmo.

Ou seja, o grande problema do nosso sistema de justiça é obviamente estrutural.

E não foi a reforma Judiciária de 2014 implementada pelo Governo PSD/CDS, que veio alterar para melhor o funcionamento do sistema.

Apesar dos sucessivos avisos das estruturas sindicais de Juízes, Procuradores e oficiais de justiça e até da Ordem dos Advogados, de que não estavam reunidas as necessárias condições para a sua implementação, o Governo PSD-CDS/PP teimou em implementar no terreno a nova organização judiciária, que diminuía as 231 comarcas até então existentes para apenas 23 novas comarcas e encerrando 20 tribunais. - Reforma do Mapa Judiciário, DL 49/2014, de 27/3, que regulamenta a Lei 62/2013, de 26/8 (Lei da Organização do Sistema Judiciário).

Este novo modelo assentou em duas grandes opções políticas desse Governo PSD/CDS: diminuição e consequente afastamento dos tribunais das populações e um novo modelo de gestão.

Foi patente a algumas jurisdições, um excessivo afastamento entre o cidadão e as estruturas judiciárias – separação que atingiu sobretudo zonas territoriais e segmentos populacionais já vitimizados por outros fatores de vulnerabilidade, nomeadamente os que decorrem da interioridade.

A mencionada diminuição da oferta de serviços judiciários aos cidadãos refletiu-se sobretudo nas áreas sociais, com a diminuição e consequente afastamento dos tribunais de trabalho e de Família e Menores, assim se dificultando o desejável acesso à resolução da conflitualidade emergente nestas importantes áreas da justiça.

Esta reforma, que foi efectuada num quadro de falta de mais de 1.000 oficiais de justiça, com obras de adaptação à nova realidade a decorrer e em grande parte dos tribunais e, principalmente, com o sistema informático obsoleto e por isso desadequando e desajustado das necessidades desta gigantesca mudança de paradigma acabou por ocasionar gravíssimos constrangimentos no normal funcionamento do sistema de justiça.

Tribunais houve onde os processos estiveram parados mais de 3 meses com centenas de diligências, incluindo julgamentos, adiados devido ao mencionado “apagão” do sistema informático dos tribunais.

Bem se pode dizer que a implementação desta famigerada reforma causou o caos nos tribunais.

E a situação só foi atenuada quando em 2016 o Ministério da Justiça do Governo do Partido Socialista decidiu aproximar a justiça dos cidadãos, procedendo à correcção de erros do mapa judiciário do anterior Governo PSD/CDS. Desde logo com a reactivação de 20 circunscrições (tribunais) que haviam sido extintas, e aí se passando a praticar, tal como nas 23 anteriormente designadas secções de proximidade, diversos actos judiciais, assim se operando uma imprescindível aproximação entre o tribunal que julga e a comunidade.

Eis aqui um exemplo paradigmático daquilo que pode e deve ser melhorado no funcionamento do sistema de justiça, pela intervenção do poder político.

Aqui chegados é, pois, altura de responsabilizar fortemente o poder político, quer o executivo quer o legislativo pela tão badalada crise da justiça que todos falam.

São os sucessivos governos que têm tido os meios económicos e políticos para a resolver e não o têm feito. Apenas se registando um indesejável inflacionamento de medidas legislativas contraditórias e inconsequentes que tem determinado uma diminuição da qualidade e da celeridade da justiça.

É um erro de análise dizer-se que são os agentes da justiça que criam e alteram o sistema de justiça e que são os responsáveis pela má legislação, pelas deficientes estruturas e pelo sistemático déficit de profissionais.

Tudo isso é responsabilidade do poder político.

Compete-lhe decidir e contemplar os Orçamentos de Estado com os meios económicos e financeiros necessários para resolver as falhas de magistrados, oficiais de justiça, instalações, meios tecnológicos e também, claro, uma adequada formação de todos os seus agentes.

Como disse um anterior Bastonário, o problema fundamental da Justiça é a sistemática falta de investimento por parte dos sucessivos governos.

A justiça e os tribunais são seguramente uma área da nossa sociedade com muitas outras questões que merecem uma abordagem especifica: os processos mediáticos, as prescrições, o corporativismo das agentes judiciários, a separação de poderes, o segredo de justiça e tantos outros, são certamente temas que justificam uma reflexão especifica.

CSS da CGTP-IN/Justiça

Ação Socialista

https://www.accaosocialista.pt/#/1635/a-crise-intemporal-da-justica