Reforçar o Movimento Sindical para Combater a Direita e a Extrema-Direita
A Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN (CSS da CGTP-IN) nasceu do compromisso histórico dos sindicalistas socialistas com a liberdade, a democracia e a justiça social. É herdeira directa da luta dos que, mesmo sob a ditadura, acreditaram que o sindicalismo é inseparável da emancipação humana e da construção de uma sociedade mais justa, solidária e igualitária. Hoje, perante um tempo de novos perigos – a ascensão da extrema-direita, o ataque à contratação colectiva e a tentativa de destruir o Estado Social –, torna-se urgente reforçar a Corrente e o movimento sindical português, como espaços de participação, democracia, combatividade, autonomia e convergência.
Unir para defender o
sindicalismo democrático
A CGTP-IN, reconhecida
normalmente como a maior organização social do país, foi construída sobre os
princípios da unidade e da pluralidade, por um lado, e da luta pela liberdade e
pela justiça social, por outro.
É essa diversidade, em
que coexistem socialistas, comunistas, bloquistas, independentes, católicos e
outros democratas e progressistas, que lhe dá força e legitimidade. Mas a
unidade não pode ser confundida com unanimismo, nem a afirmação da pluralidade
com divisão. O que dá sentido e substância à nossa intervenção é o debate
livre, a convivência democrática e o respeito pelas diferenças.
A defesa intransigente
da liberdade e a elevação permanente e inflexível da justiça social é o elemento
agregador insubstituível da nossa acção comum. A liberdade é fundamental, mas
somente com justiça social se completa – e, neste combate pela justiça social,
todos somos poucos para a conquistar e salvaguardar.
A Corrente Sindical
Socialista reafirma o seu papel essencial na defesa da democracia interna na
CGTP-IN e na valorização do direito de tendência, consagrado nos seus
Estatutos. Queremos uma CGTP-IN mais participativa, mais representativa de toda
a classe trabalhadora e menos dependente de lógicas partidárias sectárias. Só
uma confederação sindical verdadeiramente autónoma, unida na diversidade, pode
ser o rosto da esperança dos trabalhadores e trabalhadoras em Portugal.
É com o respeito pelas diferenças entre sindicatos e confederações, agindo de acordo com os seus princípios e objectivos e sabendo, em cada circunstância, distinguir o que é principal do que é secundário, que se constroem as convergências e, em cada situação, se combatem e vencem os perigos e se ultrapassam os riscos para os trabalhadores e a democracia.
Democracia e autonomia:
os pilares da intervenção e acção dos sindicalistas socialistas
O sindicalismo que
defendemos é profundamente democrático e reivindicativo. Não se limita a
protestar, propõe, constrói e negoceia. E, quando os considera positivos,
celebra acordos.
Batemo-nos por um
sindicalismo com autonomia política, financeira e organizativa, que represente
os trabalhadores com base na força da razão e da justiça social, não na
imposição de ideologias. Um sindicalismo livre, combativo e responsável, um
sindicalismo que tem como referência a Esquerda plural, capaz de articular a
luta com a negociação e de transformar reivindicações em conquistas concretas.
A autonomia sindical é, hoje, mais necessária do que nunca. Face à tentativa da direita e da extrema-direita de capitalizar o descontentamento popular para melhor atacar os direitos laborais e descredibilizar as organizações dos trabalhadores em geral e os ideais e os partidos da Esquerda plural em particular, é essencial afirmar o sindicalismo como espaço e escola de cidadania, democracia, igualdade e solidariedade.
Reforçar a Corrente,
abrir caminho ao futuro
Reforçar a Corrente
Sindical Socialista da CGTP-IN é garantir que o movimento sindical português
continua enraizado na acção e luta pela democracia e a justiça social. Para
isso, é preciso crescer:
- aumentar o número de militantes e
simpatizantes da Corrente em todos os sindicatos, uniões e federações da
CGTP-IN;
- criar núcleos sectoriais e
regionais, promovendo o debate e a formação política e sindical;
- estabelecer pontes com os
movimentos sociais, as comissões de trabalhadores e outras forças
sindicais que partilhem os valores do trabalho digno e da justiça social;
- aprofundar o diálogo com o Partido Socialista (PS), reforçando a ligação entre a Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN e a Tendência Sindical Socialista, para que o PS reforce a sua reflexão e acção no mundo do trabalho.
Um apelo à mobilização:
trabalhadores que sejam militantes, simpatizantes, mulheres e jovens
socialistas
A Corrente lança um
apelo claro a todas e a todos os militantes e simpatizantes do Partido
Socialista: sindicalizem-se, pois esse é um acto de militância democrática e
socialista.
E, entre todos os
sindicatos existentes, naturalmente que recomendamos os da CGTP-IN.
Os sindicatos são o
coração da luta pelos direitos laborais e sociais – são o espaço onde se
constrói o futuro dos trabalhadores. É aí que se defendem os salários, a
igualdade, a negociação colectiva, o Estado Social e a própria democracia.
Dirigimo-nos também às
mulheres socialistas, protagonistas insubstituíveis da luta pela igualdade, e
aos jovens socialistas, aos jovens trabalhadores socialistas, que enfrentam a
precariedade, o desemprego e a falta de perspectivas: o vosso lugar deve ser na
primeira linha da acção sindical.
Participar nos sindicatos, ser delegado, integrar direcções sindicais – é assim que se combate o conservadorismo, o machismo, o racismo, a xenofobia e o populismo da extrema-direita. É assim que se constrói um futuro de trabalho digno e de esperança.
Combater a direita e a
extrema-direita com solidariedade e progresso
A direita e a
extrema-direita procuram dividir os trabalhadores, opondo nacionais a
imigrantes, jovens a reformados, precários a efectivos, homens a mulheres. O
seu projecto é o da desigualdade e do retrocesso social.
O nosso projecto é
oposto – é um projecto de igualdade e solidariedade, de democracia e de progresso.
O combate à extrema-direita faz-se com estabilidade de emprego, salários dignos, serviços públicos eficientes, habitação acessível e sindicatos autónomos e democráticos. Faz-se na acção sindical nas empresas e com intervenções nas ruas – e começa pela participação activa dos trabalhadores organizados.
Reforçar a Corrente
Sindical Socialista da CGTP-IN e o sindicalismo em geral é, portanto, reforçar
a própria democracia.
É garantir que o
sindicalismo português continua a ser uma força de liberdade, igualdade e
progresso social.
É afirmar que o futuro
dos trabalhadores se constrói com participação, democracia, combatividade,
autonomia e convergência.
Estes são os valores que desde sempre orientam a nossa acção.
Sindicaliza-te num sindicato
da CGTP-IN e adere também à Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN.
Ação Socialista:
Nenhum comentário:
Postar um comentário