Condenamos igualmente o ataque do Hamas de 7 de Outubro de 2023, que vitimou centenas de civis israelitas, incluindo mulheres, crianças e idosos. Actos de violência contra populações civis são inaceitáveis, independentemente da sua origem, e só agravam o sofrimento dos povos. Manifestamos a nossa solidariedade para com todas as vítimas e as suas famílias — tanto palestinianas como israelitas.
Desde então, a resposta do governo israelita tem sido desproporcionada e marcada por uma política de punição colectiva, com bombardeamentos sistemáticos de escolas, hospitais, campos de refugiados e infraestruturas essenciais. Já morreram mais de 60 mil palestinianos, a maioria civis indefesos. O cerco total a Gaza — privando milhões de pessoas de alimentos, água, medicamentos e electricidade — constitui, aos olhos da comunidade internacional, um crime que pode configurar genocídio, como reconhecido pelo Tribunal Internacional de Justiça.
A CSS da CGTP-IN
considera inaceitável a passividade ou cumplicidade de vários governos, entre
os quais o Governo da AD (PSD/CDS) e instituições internacionais, onde se
inclui a UE. A paz duradoura só será possível com justiça, respeito pelo
Direito Internacional e o reconhecimento do direito do povo palestiniano ao seu
próprio Estado.
A Corrente Sindical Socialista
da CGTP-IN, reafirma os valores da paz, da justiça e da solidariedade entre os
povos e exige:
- Um cessar-fogo imediato e
incondicional;
- O levantamento do bloqueio a
Gaza e a entrada urgente de ajuda humanitária;
- A libertação dos reféns
israelitas detidos pelo Hamas, bem como a libertação dos
prisioneiros políticos palestinianos detidos pelas autoridades
israelitas;
- O cumprimento das resoluções da
ONU, nomeadamente o reconhecimento do Estado da Palestina
conforme a Resolução 242 de 1967, com Jerusalém Leste como capital;
- O fim da ocupação e colonização dos territórios palestinianos e o respeito pelos direitos humanos e pelo Direito Internacional Humanitário.
Apelamos aos partidos políticos, às organizações sociais e às instituições religiosas, que historicamente defendem a dignidade humana e a paz, para que se solidarizem com as vítimas deste conflito, condenem a violência e exijam um cessar-fogo imediato que salve vidas e promova a justiça.
Apelamos à mobilização dos trabalhadores e das suas organizações, em Portugal e no mundo, para que intensifiquem a denúncia desta tragédia, combatam todas as formas de racismo, antissemitismo e islamofobia, e afirmem a solidariedade com todos os que lutam por um futuro de paz, dignidade e justiça no Médio Oriente.
Lisboa,
30 de Julho de 2025
A
Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN

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