Muitos jovens hoje não sabem a importância do
dia 8 de Maio de 1945.
Foi nesse dia que a Alemanha nazi assinou em
Berlim a sua rendição às Forças Aliadas, pondo fim a um período negro da
história da Europa e do Mundo.
Essa não foi uma vitória deste ou daquele
exército, mas de todos os povos da Europa, contra o nazismo, que representou
durante muitos anos o maior inimigo da liberdade e do progresso.
Ao relembrarmos, 68 anos depois, esta data,
não podemos ignorar que a Europa e o mundo em geral enfrentam hoje uma nova
ameaça, que não sendo aparentemente tão violenta como foi o nazismo, está a
deixar um rasto de destruição e miséria por todo o planeta, sobretudo nas zonas
mais frágeis, como o chamado 3º mundo e agora também os chamados países
"periféricos" da Europa.
Refiro-me aos novos "donos do
mundo", as cercas de 500 empresas que detêm sozinhas mais de 50% de todos os
bens da Humanidade, e que deste modo obtiveram um poder sem precedentes,
submetendo a si Estados inteiros, corrompendo os políticos, e controlando assim
a Europa e o Mundo, através de organizações como o FMI, o Banco Mundial, o
Banco Central Europeu,
etc.
Tal como os nazis, seus antecessores, estes
donos do mundo aspiram a escravizar os povos da Europa e do mundo, pondo-os ao
serviço de uma máquina de exploração, onde os direitos dos homens são
sistematicamente triturados e sacrificados aos interesses dos grandes grupos
financeiros.
Para estes novos nazis, amplamente
representados nos governos da Europa de hoje, só contam os chamados
"interesses do mercado", ou seja, o enriquecimento sem limites e
absolutamente imoral de uma pequena elite de privilegiados.
Os restantes "que aguentem",
segundo a frase tristemente célebre de um dos representantes desses vampiros em
Portugal. E quando se diz "que aguentem", está-se a falar da
condenação de milhões de famílias à miséria, da usurpação dos direitos mais
elementares, como a habitação, a saúde e a educação.
É por isso que hoje, ao comemorar o 8 de
Maio, os povos da Europa devem unir de novo os seus esforços, numa luta sem
tréguas contra a nova forma de nazismo. Luta que será certamente muito dura,
mas cuja vitória é tão inevitável como foi a vitória de 8 de Maio de 1945.
Assim como hoje nós comemoramos esta data, homenageando
os mais velhos de nós e os nossos antepassados que participaram nessa luta
heróica, espero que os nossos filhos e os seus descendentes tenham no futuro
uma nova data a comemorar: a da vitória contra a Troika e as forças
reaccionárias que ela representa.
Nota:
Comentário que circula na internet que a CSS da CGTP-IN subscreve
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